Vereadora Edna Manhic defende luta e inclusão feminina
Levantando a bandeira do feminismo e empoderamento, a vereadora Edna Manhic (PT), durante a sessão ordinária desta segunda-feira, 26, explanou o tema mulheres, em matéria de inclusão. Ela salientou que depois da Proclamação da Independência, a Libertação dos escravos negros, em 1888, e o advento da república, o Brasil não tem estacionado, quando o assunto é inclusão e conquistas no território feminino. “Muito antes de países como a suíça (que teve seu primeiro voto feminino nos anos 1980) as mulheres brasileiras obtiveram o seu direito ao voto, não como favor, mas às custas de muita reivindicação”, finalizou ela, lembrando que a primeira mulher a votar no Brasil foi a profª Celina Guimarães Viana, em 1927, em Mossoró – RN, “mas foi somente no início da era Vargas que a Assembleia Nacional Constituinte estipulou, pela primeira vez, a possibilidade legal de a mulher votar e ser votada e Hoje, nós somos maioria no universo de eleitores do País.
Ainda conforme a parlamentar, os dados mostram que esse número tem aumentado, “pois em 2008, quando o Brasil possuía 130 milhões de eleitores, 51,% desse universo era já formado por mulheres. Esse percentual não para de crescer”, pontuou Edna explicando que esse foi um processo de grandes lutas, relacionado ao espaço feminino dentro da sociedade, como colocação no mercado de trabalho e ocupação de vagas em universidades. “Com a consolidação da participação feminina na política, a mulher passou a ocupar cada vez mais o seu espaço no Brasil, que chegou a ter uma Mulher (a primeira da História) a ocupar a cadeira de Presidenta, eleita e reeleita. Infelizmente foi retirada mediante um golpe desferido, em grande medida, graças ao machismo, que está longe de acabar neste país”, lembrou.
A parlamentar é categórica em dizer que a sociedade precisa rever as práticas manipuladoras, distanciando-se dos modos de operação praticados, hoje, pelo homem. “Atualmente, o número de mulheres ocupando cadeiras nos parlamentos brasileiros não chega a 14%, número bem abaixo dos mais de 51% que nós representamos na população. E é nesse campo que precisamos avançar. Não por simples ambição, ou como parte do jogo político que se faz com o objetivo de perpetuar o poder e o mando, mas como forma de fazermos diferente, cuidarmos da coisa pública com aquele viés ‘materno’; não do nepotismo, mas da igualdade e generosidade”, finalizou.