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Vereadores participam do retorno das atividades do Projeto Divvan, desenvolvido pela Polícia Militar

por driely.pinotti — publicado 31/07/2019 10h12, última modificação 31/07/2019 10h12
O objetivo é fortalecer a rede de apoio ás vítimas de violência e capacitar os policias para os atendimentos

A união de diversos órgãos e instituições tem permitido, em Primavera do Leste, o fortalecimento da rede de apoio às vítimas de violência. Para minimizar os efeitos dessas agressões e amparar as mulheres, foi retomado na manhã desta terça-feira (30), na sede da OAB, os atendimentos do Projeto Divvan, desenvolvido pela Polícia Militar.  O foco deste trabalho é capacitar os policiais militares em relação ao atendimento das vítimas e oferecer apoio ás mulheres que estão sofrendo algum tipo de violência. Na prática, o projeto além de proporcionar um atendimento especial, também permitirá que os policiais possam fazer um acompanhamento do caso após o registro de ocorrência; com visitas domiciliares às vítimas. Elas também terão a opção de fazer um curso técnico e em três meses estarão capacitadas para exercer uma profissão.

Durante a apresentação do projeto, a vereadora Carmen Betti, representando a Sala da Mulher, parabenizou a PM por retomar um projeto importante. “Desde o início do ano, a bancada feminina e vereadores, tem discutido a construção e o fortalecimento de políticas públicas com ações efetivas voltadas ás mulheres. Realizamos, em março, uma audiência pública que discutiu essa temática e uma das propostas foi o retorno do Divvan. Só podemos sentir felicidade com esse momento”.

O presidente da Câmara Municipal, Paulo Márcio, entende que prevenir e combater a violência contra as mulheres é tarefa das mais complexas e exige uma união de forças. “A violência contra mulher é um problema de domínio público e, ganhou maior visibilidade social e política, devido ao encorajamento das mulheres em denunciar e buscar os instrumentos jurídicos e de acolhimentos colocados à sua disposição. Mas ainda há muito a se fazer. Por isso, a Câmara Municipal tem cumprido o seu papel, nessa importante missão de mudar esse cenário. Aprovamos um projeto de minha autoria, que proíbe condenados por violência sexual ou doméstica de ocupar cargos públicos”.


AUDIÊNCIA PÚBLICA

Segundo a tenente-coronel Francyanne Siqueira, comandante do 11º Comando Regional da Polícia Militar, a união de diversos órgãos foi o que tornou possível a retomada do projeto e tudo se tornou mais rápido após a realização de uma audiência pública, realizada pela Sala da Mulher, por meio da Câmara Municipal, que teve o intuito de discutir o fortalecimento da rede de apoio às vítimas de violência e desenvolver políticas públicas voltadas a elas. “A audiência pública nos ajudou bastante, pois a partir daquele dia as instituições passaram a priorizar o assunto, pois quando você levanta o assunto e mostra que está em uma situação difícil para resolver o problema, todos se voltam para aquele objetivo. Graças à audiência pública nós conseguimos fechar uma agenda e tudo aconteceu muito rápido”.

ÍNDICES ALARMANTES E O MEDO DE DENUNCIAR

Conforme levantamento feito pela Polícia Militar, das 115 ocorrências de violência registradas contra a mulher, 92 das agressões ocorreram dentro da casa da vítima. Outro dado que chama a atenção está ligado ao fato de que em poucos casos são as vítimas que denunciam a agressão. Na maioria das vezes são outras pessoas que ligam para Polícia. “É um vizinho ou outra pessoa que está passando e ouve gritos, pois a vítima muitas vezes não tem condições de ligar ou tem medo de denunciar”, ressaltou a comandante do CR.

Desde 2015, os casos de violência doméstica registrados em Primavera do Leste cresceram e 2019 já está próximo de ser considerado o ano mais violento em relação à esses crimes. Neste ano já foram três feminicídios registrados e em cinco meses, os casos já chegam a quase a metade de ocorrências registradas no ano passado que somaram o total de 313. Em 2017, foram 339 ocorrências desta natureza, 2016 somam 284 e 2015 foram 253. A tenente-coronel orienta as vítimas a deixarem o medo de lado e denunciar todo e qualquer caso de violência. “A PM está aqui para poder ajudar e apoiar. As mulheres precisam denunciar e entender que a violência não é algo normal ou cultural, pois não é! Não sofra calada, estamos aqui para ajudar e somos o braço amigo que pode ajudar. Ligue 190 e denuncie”.

 NAFAVD

A implantação do Núcleo de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (NAFAVD) tem sido discutida, entre o Ministério Público, Câmara Municipal, Conselho da Mulher, Polícia Militar, Civil e outros órgãos. O foco é oferecer assistência à mulher em situação de violência, levar apoio às famílias e, principalmente, quebrar o ciclo da violência, desenvolvendo projetos em que os autores das agressões possam ter chance de rever o comportamento e adotar novas formas de condutas.

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